2022 finalmente começou, exatamente no dia 4 de fevereiro, sexta. O JCP iniciou o ano realizando a trilha que para muitos é a mais pesada: a Trilha do Piriá, nesta edição batizada de Trilha do Tá Ligado, em homenagem ao nosso amigo e sócio Emerson Spina, que se deslocou dos Estados Unidos para participar, mas infelizmente nao pode fazê-lo por razões pessoais. No dia 3, quinta, foi realizado o deslocamento de Belém até Nova Esperança do Piriá. Foram 287km percorridos com tranquilidade. Partimos dali para a trilha às 10 horas da sexta, 4, em um comboio formados poe Iran, Rogério, Nasser, Jaime, Adam e Fobia, sócios do JCP e seus convidados, Sandro, Leonardo e Clauber. Ainda no deslocamento pelas estradas vicinais, o primeiro imprevisto aconteceu: o Leonardo não percebeu uma valeta no acostamento e acabou escorregando com seu Troller para dentro dela, chegando a quase tombar. Com ninguém machucado, tudo vira diversão e assim foi feito o resgate, colocando o veículo de volta na estrada para que finalmente pudéssemos entrar na trilha.

O primeiro grande obstáculo que nos defrontamos foi um buraco cheio de água, com uns bons 20 de metros de comprimento e aproximadamente 1,5 metros de profundidade, gerando muita dificuldade para ultrapassarmos com todos os carros. Vencido o primeiro entrave, seguimos em frente e, como esperado, encontramos muita lama e árvores caídas. Tudo resolvido com proficiência e muito trabalho pelos nossos guias Naldinho e Neguinho do Piriá. Além do trabalho incansável dos guias, tivemos o apoio fundamental do mecânico Higson, pois muitas foram as panes, desde correias frouxas até quebras de caixas de macha, embreagem, pois esta trilha exige demais dos veículos.

Já era noite quando paramos para acampar. Extenuados, mas felizes, todos comemoraram com churrasco, cerveja e alguma mentira. No entanto, a festa durou pouco, pois todos foram dormir cedo, pois a pior parte da trilha estava por vir: o temível buraco do Fobia. No sábado pela manhã, partimos novamente para a trilha e como imaginávamos, o tal buraco estava realmente um terror, só sendo possível passar por ele com o uso de guincho. Em seguida, enfrentamos trechos de muita lama e erosão que exigiram muito esforço dos veículos e muita perícia dos pilotos.

Conseguimos concluir o percurso somente às 20 horas do sábado, 5, pois além das dificuldades do terreno, precisamos movimentar dois jipes com o uso de cintas de reboque. Mais uma vez cansados, enlameados e felizes, por vencer mais uma trilha pesada, desta vez a do TÁLIGADO!