Luau no Crispim

25 a 26/06/2005 | Marapanim/PA

PATROCINADORES DESTE EVENTO
Fazia muito sol e calor na manhã de sábado, dia 25 de junho. Logo cedo os companheiros do Jeep Clube e seus convidados, inspirados pelo lindo dia e pelo clima de amizade que reina em nossas reuniões, começaram a chegar e concentrar-se para a partida para o LUAU NO CRISPIM, trilha oficial do JCP deste mês. Foram 22 carros compondo o comboio, entre Jeeps Willys, Land Rovers, Toyotas e outros. Após o briefing feito pelo nosso companheiro e presidente do JCP, Rogério Politi, ressaltando as regras de comboio e demais informações que seriam úteis em todo o percurso, partimos do Posto Pará Vip na BR-316, com destino a Santa Izabel do Pará. Nesta primeira etapa, o nosso companheiro Gilberto “Duelo” começou liderando a expedição, seguindo a planilha pelo GPS, levantada anteriormente pelo Japatife, um dos companheiros que levantaram a trilha, mas que infelizmente não pode comparecer. Em Santa Izabel, saímos da BR e seguimos por uma trilha à esquerda da rodovia, percorrendo um trecho sem muitas dificuldades, mas com aquele visual de mata e estrada de terra que faz parte da alma de qualquer Jipeiro.
A expectativa era chegar a um obstáculo conhecido como Bananal, aonde a “brincadeira” realmente começaria. O comboio foi liderado pelos carros mais pesados, como Land Rovers e Toyotas, enquanto que os guerreiros Jeeps vinha atrás, “varrendo” a trilha, como é de praxe nas trilhas do JCP. Quando chegamos à entrada do Bananal, logo de cara uma L200 do convidado e companheiro Gilmar atolou, começando a farra que mais gostamos, atolar e desatolar e vencer os obstáculos. Os que estavam próximos ao Gilmar o ajudaram diretamente, e os demais ficaram ligados pelo rádio e aproveitaram a parada para tomar um refresco e fazer um lanche, que ninguém é de ferro. Seguindo em frente, passamos sem maiores dificuldades pelo Bananal e seguimos aproveitando a paisagem espetacular. Mais ou menos ao meio-dia, o netinho, filho do Diou (de outro mundo), teve que fazer uma parada estratégica para “aliviar o ventre”, neste momento, os que estavam próximos a um igarapé (pequeno curso d´água) aproveitaram para refrescar-se, inclusive o simpático casal paulista, convidados do Rogério, Nilson e Mariana, que estavam de passagem por Belém. Fomos em frente e chegamos novamente ao asfalto, desta feita na estrada estadual que liga os Municípios de Santa Izabel até Vigia, passando por Santo Antônio do Tauá, aonde fizemos novamente uma parada, e compramos gelo e carne para fazermos um churrasco. Entramos novamente em estrada de terra e seguindo o roteiro pré levantado chegamos ao obstáculo que ficou conhecido como a lagoa do Coronelson, pois ele atolou na mesma quando do levantamento da trilha. Este era o obstáculo mais esperado do dia.
Haviam duas alternativas bem distintas, uma com maior grau de dificuldade e outra mais fácil para os amarelões. Logo vários carros começaram a atolar. A Land Rover do nosso amigo Mário Tadeu, bravamente ficou a recuperar e resgatar a maioria do carros que atolavam na passagem. Ao final, o “bagaço” do obstáculo ficou para os Jeeps Willys que não se negaram a enfrentá-los, sem, contudo ter muito sucesso, pois o primeiro trecho da lagoa estava com um “camaleão” submerso de grande proporção inviabilizando qualquer manobra direta. Foi uma gozação geral quando o Jeep do companheiro Mamute atolou, com direito a vaias (de brincadeirinha ) e risos. Depois foi a vez do Jeep Pit Bull do Rogério atolar e todos caírem em cima com brincadeiras e “chavecos”. Vale dizer que os Jeeps foram os únicos a atravessar um curso d´água que cobria o capot do carro ao atravessar. Os outros recuaram. Neste ponto, o Jeep “SAPO” do nosso amigo Ewerton, por incrível que pareça, foi o único que morreu afogado. O nosso amigo Silvio, que já está ficando expert em quase tombar o carro, ao atravessar a lagoa, tomou um trilho em que deixou sua zequinha Bruna gritando de pavor quando quase vêem o mundo de ponta cabeça, passado o susto, seguimos em frente, e em razão da hora, o comando da trilha decidiu ir diretamente ao QTH (local) de acampamento, que seria a Praia do Mojuzinho, na área do Crispim.
O acesso se deu por uma fazenda de camarão, mas que encontra-se desativada, estando apenas o capataz para zelar pela área. Ao chegarmos a praia, todos ficaram extasiados com a beleza do local. De frente para o mar, praia se estendendo pelo horizonte, por sol, tudo o que nós, amantes da natureza, do Off-Road, e de tudo que isto representa, mais gostamos. Estabelecido o acampamento, pudemos nos deliciar com o jantar, “peixe avoado”, previamente contratado pelo nosso amido Diou, que chamou uns pescadores e estes assaram aproximadamente trinta quilos de corvina e gó, peixes regionais muito saborosos. A forma “avoada” de preparo consiste em fazer um buraco no chão, preparar o fogo dentro com carvão, cobrir depois com varas de madeira verde e sobre estas assarem-se os peixes que são temperados apenas na água com sal, uma delícia que coroou o dia.
À noite, ao lado de uma grande fogueira e sob uma grande lua, ficamos todos reunidos, dançando, comendo, bebendo e brincando até altas horas, à luz do luar, em um dos acampamentos mais memoráveis do JCP. Foi uma unanimidade a alegria e satisfação de todos com a trilha e seu acampamento. No dia seguinte, acordamos cedo, mas graças a uma distração, quase ficamos presos pela maré no local do acampamento, que teve que ser desmontado às pressas. Mesmo assim depois fomos elogiados pelo capataz da fazenda, que esteve no local e não achou nenhum resto (lixo), prova de que o JCP está cada mais maduro e dando exemplos de interação com a natureza e cidadania. Passamos o dia no Crispim, reunidos na praia principal aonde estendemos toldos e nos protegemos do sol implacável. Ali almoçamos e ficamos durante o dia todo. Na volta, tomamos um banho em outro igarapé de um amigo do Diou, então, reunidos e em comboio, regressamos a Belém, aonde chegamos por volta de 19h30 de Domingo, alegres e já ansiando pela próxima trilha e pela reunião da semana, aonde contaríamos os casos, veríamos as fotos e tudo mais que cerca o retorno das trilhas.
Este evento teve a participação de 17 jipes, pilotados por 12 sócios e 5 convidados, com a companhia de 16 zequinhas.
Piloto Zequinhas Veículo
Jefferson Sheyla
Wilson Roda Natália
David
Sílvio Bruna marvado - Jeep Willys CJ5
Jorge Roda Marta Wilder SuperSuki - Suzuki Vitara
Vasconcelos Esperança Patchanga - Toyota Hilux
Lucio Barros Graça Onça d'Água - Land Rover Defender 110
Diou Neto, Adriana, Márcia Diou Nave - Toyota Bandeirantes
Tonico Lucas, Catarina Manuel O Audaz - Toyota Bandeirantes
Gilberto Duelo Carol, Grégory, Edi Duelo II - Land Rover Defender 110
Mario Tadeu Luciano Pouco Mau !!! - Land Rover Defender 110
Ewerton Thays Sapo - Jeep Willys CJ5
Convidados
Cariri Ivanira Macho Véio - Jeep Willys CJ5
Pamplona Renata Pedigree - Jeep Willys CJ5
Sami Álvaro Brima - Land Rover Defender 110
Bernardes Felipe, Luciana, Adriana Simpson Rover - Land Rover Defender 110
Messias Wanderli Samurai - Suzuki Samurai

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