Expedição Baile nos Lençóis

20 a 25/02/2004 | Lençóis Maranhenses/MA

Nosso destino: os maravilhosos Lençois Maranhenses. Um local ímpar em todo o planeta, onde a beleza deslumbrante das lagoas de águas cristalinas misturam-se na paisagem desertica das enormes dunas de areias brancas. Esta expedição foi organizada pelo piloto Iran Bezerra, que liderou os 8 veículos que partiram de Belém às 6 horas do dia 20 de fevereiro. Seguimos pela BR-316 até a cidade de Governador Nunes Freire, onde pegamos uma rodovia estadual rumo ao ferry-boat que sai do terminal da Ponta do Cujupe, com destino à São Luís. Tivemos que atravessar o trecho de aproximadamente 40Km que liga as cidades de Pinheiro e Santa Helena com muito cuidado, pois é péssimo o estado de conservação da estrada. Ainda assim, vale a pena usar esta rota, pois além de encurtar a viagem, a outra opção, que seria seguir pela BR, está em piores condições. Chegamos no porto por volta de 13hs. Duas horas depois estávamos na capital maranhense, onde pernoitamos.
A equipe da Nave, a Toyota Bandeirantes comandada por Humberto Diou, montou acampamento na sede do Jeep Clube de São Luís, que conta com uma eficiente estrutura. Salomão, um dos diretores do clube, recepcionou a turma com invejável cortesia, disponibilizando as instalações localizadas no bairro do Calhau. Na manhã seguinte, saímos com destino a Barreirinhas, a cidade mais próxima dos Lençois. Uma viagem agradável, por estradas muito bem cuidadas. Chegamos na cidade por volta das 11 horas, onde almoçamos no restaurante Bela Vista, localizado à margem do Rio Preguiças. Ali relaxamos em um delicioso banho de rio, e claro, retomamos energia com saborosos pratos à base de peixes e camarões, pois em seguida sairiamos para finalmente enfrentar as areias dos Lençois Maranhenses.
Nossa primeira incursão na região foi para a região dos chamados Pequenos Lençois, onde o Ibama permite que entremos com os jipes, sem problemas. Cacá, o guia das estrelas foi quem nos conduziu pelos Lençois. Contrariando aqueles que acreditavam que seria apenas um passeio light, encontramos as trilhas completamente cheias de água, sendo obrigados a atravessar verdadeiros rios, onde no fundo a areia fofa e a lama faziam o tempero perfeito para aumentar a emoção. Após muita água, chegamos na região das dunas, onde todos ficaram deslumbrados com tanta beleza natural. Seguimos pela praia para achar um local para pernoitar. Após muita emoção, com Iran atolando uma vez e Diou duas, chegamos para acampar na beira de um lago. O relógio marcava mais de 19 hs, e como já estava bem escuro, não viamos onde estávamos. Montadas as barracas, o papo rolou solto e pudemos conhecer os predicados do Gilberto Duelo, que mostrou que além de expert em vinhos e cachaças, também é churrasqueiro de primeira. A noite foi agradável. Uma ameaça de chuva foi imediatamente afastada para longe com a dança e a reza de Diou. Depois das suas palavras mágicas, choveu apenas dentro da barraca do Cláudio, o homem pedra. Quando acordamos é que pudemos ver onde realmente estávamos: na beira de um lago de águas cristalinas.
Saímos rodando pela praia em direção a Caburé. Após conhecer esta bonita localidade, rodamos pela areia até a hora do almoço, quando paramos na beira de um rio de águas límpidas, onde pudemos tomar um banho relaxante e saborear inúmeras bistecas e calabresas, sempre ao comando do nosso churrasqueiro Gilberto. No caminho de volta a Barreirinhas, a primeira baixa: a Land Rover 90 do Marcelo Fonseca superaqueceu, pois o radiador furou em razão da quebra da ventoinha, em um dos inúmeros trechos alagados que atravessamos. Como a trilha era pesada, foi necessário fazer um trem para rebocar a 90 até a cidade. Eram mais de 30 km de muita água e lama para atravessar. A locomotiva composta pela Land Rover 110 de Iran mais o Troller do Felipe puxavam Marcelo, sem problemas. Pelo menos até o momento em que a cinta enrolou na roda da 90, arrebentando a tubulação do freio, piorando em muito as condições do resgate. Deste jeito, chegamos na cidade por volta das 18 horas, onde a Nissan Pathfinder do Hérycles chegou estalando uma homocinética. Foi a segunda baixa: a Patifa foi deixada descansando, para voltar a Belém rodando em 4x2 sem maiores problemas.
Quarto dia. Dividimos o pessoal que ficou sem seus jipes por Toyotas alugadas para sairmos rumo aos Grandes Lençois. Iriamos conhecer uma das atrações mais famosas: a Lagoa Azul. Mais uma vez, muita água e lama no caminho. Era um pequeno trecho de menos de 20km de areia fofa, mas com uma pequena surpresa reservada para nós. Chegamos à beira de um riacho, onde até os guias nativos ficavam em dúvida se era possível atravessar. A parte mais profunda chegava a mais de 1,20 m. Todos passaram, sem maiores problemas, a não ser água invadindo os carros e a 110 de Iran ter respirado um pouco de água. Sem maiores complicações, mas a travessia desse obstáculo foi de grande emoção. Tanta emoção quanto a que tivemos quando finalmente chegamos a lagoa. A tonalidade azul esverdeada de suas águas fazem um contraste com as areias brancas, formando um quadro que nenhuma descrição pode traduzir com perfeição o tamanho de sua beleza. Era hora de baixar a adrenalina e curtir o visual, mergulhando nas águas da Lagoa Azul. No dia seguinte, saimos em direção a Belém. Como nao poderíamos ficar sem emoção, tivemos que rebocar a Land 90 do Marcelo até São Luís, pois o conserto feito em Barreirinhas não foi o suficiente. Diou teve dois pneus estourados na Nave, e Gilberto teve que dar uma arrumada no alternador, que teimava em não querer ficar no lugar. Apesar disto, uma viagem tranquila. Afinal, valeu a pena todo e qualquer esforço ou sacrificio.
Este evento teve a participação de 8 jipes, pilotados por 5 sócios e 3 convidados, com a companhia de 11 zequinhas.
Piloto Zequinhas Veículo
Valdécio
Diou Pedrita, Adriana, Márcia Diou, Cláudio Pedra Nave - Toyota Bandeirantes
Iran Samuel, Iran Neto, Ana Irene
Hérycles Érika, Yuri, Celeste Pathifa - Nissan Pathfinder
Nelson Trícia Pânico - Ford Ranger
Convidados
Felipe Murta Silaine
Professor Leandro, Magno, Magna, Rosinha
Gilberto Duelo Grégory, Carol, Edi

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